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VI WS ProIlhas

No dias 8, 9 e 10 de outubro, nossa equipe participou do VI Workshop Científico de Avaliação dos Projetos de Pesquisa desenvolvidos no âmbito do Programa Arquipélago e Ilhas Oceânicas!

O Workshop aconteceu no Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade (ACADEBio) e foi promovido pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O evento contou com a presença de vários pesquisadores de diferentes instituições do Brasil, que debateram sobre geodinâmica, biodiversidade, conectividade de espécies, prospecção sustentável, acústica, mudanças climáticas, ciência cidadã entre outros temas que reforçam a importância estratégica e a relevância da pesquisa científica em nossas Ilhas Oceânicas!

 

53º Treinamento Pré-Arquipélago São Pedro e São Paulo

Entre os dias 05 a 13 de setembro de 2024 ocorreu o 53° Treinamento Pré-Arquipélago São Pedro e São Paulo. Com o apoio da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) através do Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PROARQUIPELAGO) a Marinha do Brasil oferece este treinamento para pesquisadores de todo o Brasil, com o objetivo de prepará-los para fazer parte das expedições que têm como destino o ASPSP. Os pesquisadores são recebidos no Hotel de Trânsito da Marinha e o treinamento acontece na base Naval da Marinha de Natal, no Rio Grande do Norte.

Durante o treinamento os pesquisadores assistem aulas teóricas sobre os Planos e Programas da CIRM, Histórico e Características do Arquipélago, Rotinas e Procedimentos nas expedições, Normas Gerais de Segurança, Geração de Energia e Dessalinização, Normas para atividades de Mergulho, Sistema de Comunicações e o  dia a dia na ECASPSP.

A programação também conta com bastante aulas práticas, como: Combate a Incêndios, Primeiros Socorros, Turco, Nós e Voltas, Manutenção e Operação do Bote Inflável, Natação Utilitária, Visita a um Navio da MB e a mais desafiadora das atividades conhecida como SobreMar, onde os pesquisadores finalizam o treinamento sobrevivendo no mar em uma balsa por 24 horas.

Nesta edição do treinamento, quatro pesquisadores do PELD ILOC embarcam: Naísa Passos, Juliana Moura, Esteban Nogueira e Guilherme Loyola. Nossos pesquisadores participaram de todas as atividades e todos conseguiram finalizar com sucesso o  treinamento recebendo o certificado de aptos para fazer parte das próximas expedições que levarão os pesquisadores ao inóspito Arquipélago São Pedro e São Paulo.

 

Campanha de lançamento do livro “Mergulhando nas ilhas oceânicas brasileiras”!

É com imensa alegria que anunciamos que pelos próximos 40 dias vocês poderão apoiar o lançamento do livro “Mergulhando nas ilhas oceânicas brasileiras”!

Um projeto de muitas mãos, escrito por mim, Julia Locatelli, Cesar Cordeiro, maravilhosamente ilustrado pela Julia. O design gráfico é da Gabriela Orofino, a revisão científica do Prof. Eurico Cabral de Oliveira e a revisão do texto da Silvia Boulos.

Para que esses livros cheguem a mão de muitas pessoas, vamos precisar da colaboração de vocês nesta campanha de financiamento coletivo para a impressão e envio dos livros e que está sendo realizada na Kickante.

Acesso o site: https://www.kickante.com.br/crowdfunding/mergulhando-nas-ilhas-oceanicas-brasileiras e saiba mais sobre as formas de apoio e recompensas!

Vamos juntos mergulhar pelas ilhas oceânicas brasileiras! 

 

Pesquisadora do PELD, Marina Sissini, recebe prêmio por atuação na conservação dos oceanos

É com grande alegria e admiração que parabenizamos a nossa pesquisadora e vice-coordenadora Marina Sissini pela conquista do Prêmio Marta Vannucci para Mulheres na Ciência do Oceano. Este reconhecimento prestigioso celebra não apenas sua dedicação e contribuições excepcionais para a conservação dos oceanos, mas também sua trajetória inspiradora no campo da ecologia marinha.

Sua vitória na categoria Jovem Cientista destaca o impacto de seu trabalho, desde a graduação até o pós-doutorado, sempre focado na preservação dos sistemas recifais brasileiros. Sua pesquisa inovadora sobre os bancos de rodolitos e ilhas oceânicas tem sido crucial para a ciência e gestão ambiental, ganhando merecida atenção e respeito na comunidade científica.

Esperamos que sua trajetória continue a inspirar e encorajar muitas outras jovens cientistas a seguir seus passos, promovendo um oceano saudável e uma ciência inclusiva.

O @peld_iloc é um dos sítios de pesquisa da rede PELD e tem feito um belíssimo trabalho de ciência cidadã através do @onda_iloc. Estamos muito felizes em acompanhar a repercussão desse trabalho!

Matéria na íntegra: https://noticias.ufsc.br/2024/06/professora-da-ufsc-recebe-premio-em-reconhecimento-por-atuacao-na-conservacao-dos-oceanos/

 

lll Workshop de Resultados PELD-ILOC

Entre os dias 19 e 20 de agosto ocorreu o lll Workshop de Resultados PELD-ILOC. O Workshop contou com a presença online de mais de 50 espectadores que puderam interagir com a equipe de pesquisadores que apresentaram os resultados encontrados nos últimos 4 anos do projeto!

A extensa rede de colaboradores do PELD Ilhas Oceânicas pôde discutir sobre peixes recifais, a comunidade bentônica, o uso de BRUV’s e RUV’s nas ilhas, biofonia, ciência cidadã entre outros objetivos de pesquisa do projeto.

 

Participação do PELD ILOC no Encontro Recifal Brasileiro 2024 (EReBra)

No dia 09/05/2024 a equipe PELD participou do Encontro Recifal Brasileiro de 2024, que aconteceu entre 7 a 10 de maio aconteceu em Niterói-RJ, ministrando o simpósio “Ilhas Oceânicas Brasileiras”.

O evento, que tem como tema principal os ambientes recifais, contou com a presença de especialistas, pesquisadores, profissionais e entusiastas da área para debater ideias sobre a ecologia e conservação de ambientes recifais.

 

Branqueamento de corais chega a Fernando de Noronha e preocupa pesquisadores

Saiu no G1 esta semana a expedição científica para monitoramento do evento de branqueando de corais no Arquipélago de Fernando de Noronha. Esta expedição foi viabilizada através de uma parceria entre os Projetos PELD ILOC, Coral Vivo (@projetocoralvivo) e ICMBio Fernando de Noronha (@icmbionoronha).

Confira a matéria na íntegra: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/blog/viver-noronha/post/2024/04/22/pesquisadores-constatam-branqueamento-dos-corais-de-fernando-de-noronha.ghtml

 

Lançamento do documentário “10 anos PELD ILOC”

É com grande satisfação e orgulho da trajetória construída pela nossa rede de pesquisadores, colaboradores e apoiadores que a equipe PELD ILOC convida vocês a embarcarem com a gente nessa jornada de dez anos de história. Vamos navegar do arquipélago de Fernando de Noronha ao prístino Atol das Rocas, da monumental Ilha da Trindade até os remotos rochedos de São Pedro e São Paulo

O PELD ILOC faz parte do Programa Ecológico de Longa Duração do CNPq. Ao longo desses 10 anos teve financiamento da CAPES, Fundação Boticário, FAPERJ. Apoio fundamental do ICMBio (@icmbio), Ministério do Meio Ambiente, Marinha do Brasil (@marinhaoficial), Sea Paradise (@seaparadisefn) e CalAcademy (@calacademy).

Roteiro, produção e edição de @venturinidaniel.

Lançamento do documentário "Rhodoliths: the rolling stones" (Rodolitos: as pedras rolantes)”

É com imensa satisfação que compartilhamos o documentário “Rhodoliths: the rolling stones” (Rodolitos: as pedras rolantes) produzido junto ao Projeto Darwin200, no Arquipélago de Fernando de Noronha em outubro de 2023.

Este documentário, tem como objetivo apresentar um habitat muito rico nos mares brasileiros: os bancos de rodolitos. Mostrando sua biodiversidade, o que sabemos sobre eles, sua importância ecológica e as ameaças a sua preservação.

Convidamos vocês a mergulharem, literalmente, neste maravilhoso mundo cor-de-rosa.

Sobre o Projeto Darwin200

Entre os dias 2 a 8 de outubro de 2023, estivemos com o Darwin 200 em Fernando de Noronha! O time PELD ILOC, representado pela pesquisadora Marina Sissini, desenvolveu sua pesquisa junto à Darwin líder, Heather Okeefe e a pesquisadora embarcada Rannva Jormundsson. O time contou também com o documentarista Daniel Venturini que captou imagens espetaculares de todo o processo e, junto com Heather, produziram um documentário sobre o passado, presente e futuro dos bancos de rodolitos de Fernando de Noronha.

Pelo nosso projeto de ciência cidadã, o ONDA ILOC, reforçamos nosso time com parceiros locais que puderam acompanhar as atividades dentro e fora d’água! Obrigada Renata Zanon, Ikaro Silvester e Mikhael Cahaya!

E a interação com a comunidade local não parou por aí! Tivemos momentos em que história, ciência e educação se encontraram! Agradecemos a disponibilidade e interesse da Professora Grazi em trazer seus alunos para conhecerem mais sobre Charles Darwin e o projeto Darwin 200. A dinâmica ficou por conta dos educadores Stu e Lottie que estavam a bordo.

Produtor e direção: Daniel Venturini

Darwin líder: Heather O’Keefe

Darwin mentor: Marina Sissini | PELD ILOC

 

PELD ILOC completa 10 anos em 2023

Nestes últimos 10 anos, um dos objetivos do PELD ILOC tem sido comunicar sobre nossa pesquisa, sobre Ciência com diversos públicos: gestores das unidades de conservação, estudantes, militares, amantes das ilhas e mídias.

Não foi ao acaso, que após uma década de aprendizados (e ainda estamos aprendendo!) e amadurecimento, e incessante capacitação (aqui nosso muito obrigado ao @peldcom), “nasceu” nosso braço socioambiental, o ONDA ILOC (@onda_iloc).

Queremos que as ilhas oceânicas, o monitoramento ecológico e a ciência seja para todos, parte de todos e construído por todos!

Com alegria, compartilhamos esta matéria que saiu no portal do Parque Marinho de Fernando e Noronha (@icmbionoronha) sobre a última expedição PELD ILOC ao Arquipelago.

Confira na íntegra: https://www.parnanoronha.com.br/single-post/projeto-peld-iloc-de-pesquisa-nas-ilhas-oce%C3%A2nicas-completa-10-anos-em-2023

 

Instalação da Bóia Oceanográfica - FN”

Na última segunda-feira, dia 22 de outubro de 2023, foi instalada no Arquipélago de Fernando de Noronha uma bóia oceanográfica.

Este equipamento transmite em tempo real dados de temperatura da água, velocidade do vento e ondulação.

Link para acessar os dados em tempo real: https://aqualink.org/sites/1186

I Encontro de Comunicação Pública da Ciência dos PELD (COMPELD)

Entre os dias 04 e 06 de julho de 2022 ocorreu na capital paraibana, João Pessoa, I Encontro de Comunicação Pública da Ciência dos PELD (COMPELD), promovido pela Equipe de Comunicação dos PELD (PELDCOM). A programação foi diversa e contou com a participação de alunos da Escola CEEEA Sesquicentenário. O momento da “Conversa com Cientistas” foi bem descontraído e permitiu que os jovens interagissem com os pesquisadores dos diferentes PELDs, perguntando e aprendendo sobre as pesquisas científicas em terra e na água. Além disso, o bate-papo permitiu que desmistificassem a visão cienstista-laboratório-jalecobranco.

Nas fotos, o coordenador do PELD ILOC, Cadu e estudantes que adoraram saber sobre as pesquisas nas ilhas oceânicas brasileiras. Puderam também “mergulhar” em águas oceânicas através dos óculos de Realidade Virtual.

Agradecemos ao PELD COM (@peldcom) pela organização do evento e a ECO360 (@eco360.imagery) pelos vídeos em realidade virtual das Ilhas.

Crédito das fotos: PELDCOM

 

Nova publicação!

2022, novembro

Foi publicado hoje na
renomada revista PeerJ, artigo científico que reúne dados de nove projetos
ecológicos de longa duração na costa brasileira. Esse artigo foi liderado pelo
Prof. César Cordeiro (UENF) e pesquisador do PELD ILOC. Os resultados mostraram
que:

  • Ecossistemas
    ao norte e nordeste foram pouco representados nos monitoramentos,
    principalmente os manguezais.
  • Muitas
    universidades estão envolvidas no monitoramento, contudo, a integração entre
    elas precisa aumentar!
  • A produção
    científica, ou seja, artigos científicos como esse, e formação de recursos
    humanos (alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado) aumentam com a
    idade do projeto.
  • Apesar de
    muito eficientes, os projetos só conseguirão continuar monitorando e produzindo
    artigos e recursos humanos se houver recurso financeiro, ou seja, investimento.

Para ler o artigo na
íntegra, acesse: https://peerj.com/articles/14313/

PELD ILOC participa de pesquisa científica a bordo do NPq Ho Vital de Oliveira

2022, outubro

O PELD ILOC esteve a bordo do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira da Marinha do Brasil entre os dias 3 e 18 de outubro de 2022. O “Vital de Oliveira” é considerado o navio mais bem equipado para pesquisa, tendo a capacidade de mapear dados da atmosfera, oceano, solo e subsolo marinhos.

Nesta expedição, 6 projetos estavam a bordo identificando e caracterizando microplásticos entre a costa e o Arquipélago; captando imagens do assoalho oceânico; caracterizando sedimentos marinhos profundos para identificação de fungos extremófilos; monitorando aves marinhas e cetáceos; caracterizando bactérias atmosféricas e coletando de peixes alvo da pesca!

E quais foram os objetivos do PELD ILOC?

As intenções de coletas foram bem além do escopo de monitoramento das ilhas, que vocês já conhecem!

Nossos objetivos contemplavam a amostragem de fito e zooplâncton, coleta de sedimentos para estudo do Carbono Azul e coleta de água ao redor do arquipélago para caracterização físico-químicas.

Nossa equipe trabalhou duro e contou com o apoio fundamental da tripulação do “Vital de Oliveira”. Deixamos nosso muito obrigado ao Comandante Peixoto, tripulação do Vital de Oliveira” e Marinha do Brasil.

Equipe PELD ILOC: Juliana Fonseca (UFF), Tainá Gaspar (UFSC), Nikolas Heinz (FURG) e Wesley Santana (FURG)

Mais informações sobre essa expedição:

https://www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/expedicao-leva-pesquisadores-area-remota-da-amazonia-azul

Implementação de BRUVS no Arquipélago de São Pedro e São Paulo para estimativa de abundância de predadores de topo

2022, agosto

Neste ano, estações de vídeo operadas com isca remotamente (da sigla em inglês BRUVS) foram implementadas no programa de monitoramento do ASPSP, especialmente para explorar recifes mesofóticos mas também para estimar a abundância de predadores de topo, incluindo peixes pelágicos e tubarões.

Desde 2017, a pesca com espinhel foi proibida na região e, muito recentemente, os tubarões começaram a recolonizar as águas ao redor das ilhotas. BRUVs pelágicos com sacos de sardinha fedorenta são usados ​​para atrair e estimar a abundância de tubarões dentro e ao redor do arquipélago. Os tubarões mais abundantes detectados são o tubarão-seda (Carcharhinus falciformis), com poucas vistas do tubarão de Galápagos (C. galapagensis). Este último foi considerado localmente extinto devido a mais de 40 anos de atividade de espinhel (Luiz & Edwards, 2011). No passado, os tubarões eram um componente comum de muitos ambientes marinhos, mas perdemos a linha de base de tê-los como principais predadores nas cadeias alimentares dos recifes em todo o mundo. Relatos antigos do ASPSP afirmavam que as águas ao redor eram totalmente povoadas por tubarões, o que tornava quase impossível pescar com anzol e linha. A proibição do espinhel foi uma iniciativa de conservação bem-sucedida em direção ao prístino e, a longo prazo, será possível entender as mudanças da comunidade na cadeia alimentar local, à medida que os tubarões se tornaram novamente os maiores predadores de topo.

1. Pôr-do-sol no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. 2. BRUVS utilizados para estimar a abundância de predadores de topo, incluindo peixes pelágicos e tubarões. 3 e 4. Indivíduos de Carcharhinus falciformis detectados durante amostragem com BRUVS.

Boia oceanográfica PELD ILOC no Arquipélago Fernando de Noronha

2022, fevereiro

Na última expedição ao Arquipélago de Fernando de Noronha, foi instalada a primeira boia oceanográfica do PELD ILOC. Esta é a primeira de três boias que foram adquiridas através de doação e fruto de colaboração com o grupo Pole to Pole Americas e a Aqualink intermediada pelo professor Cesar Cordeiro (UENF). 

As boias fornecem dados de temperatura da água na superfície (1 m) e do fundo (23 m) praticamente em tempo real, além de dados de direção e intensidade de ventos e altura de ondas em intervalos de 6 horas. Os dados são públicos e abertos para todos!

Para ter acesso, entre no dashboards de Fernando de Noronha (https://aqualink.org/sites/1186).

Novos resultados – Comunidades de peixes recifais em recifes profundos no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (0º55.01’ N; 29º20.76´ W, Brasil

2022, janeiro

Fotos da expedição Alucia obtida pelo Deep Rover 2 e Nadir submersíveis no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. (A) Tosanoides aphrodite, (B) Hexanchus griseus, (C) Anthias asperilinguis, (D) Physiculus sp., (E) Coelorinchus sp. e (F) Gymnothorax maderensis com uma garrafa ao lado.

O PELD ILOC faz parte do Programa Ecológico de Longa Duração brasileiro desde 2012 e tem como foco o monitoramento das comunidades de recifes rasos nas quatro ilhas oceânicas brasileiras. Além disso, o projeto colabora ativamente com pesquisas que exploram os recifes mesofóticos dessas ilhas.

Neste sentido, em 2017, o PELD ILOC participou da expedição a bordo do navio de pesquisa americano MV Alucia, em parceria com pesquisadores da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI, EUA), da Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB, Brasil) e da California Academy of Sciences (EUA). O principal objetivo desta expedição foi procurar por “fumarolas brancas” no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP). Secundariamente, imagens captadas pelo Deep Rover 2 (DR) e pelo submersível Nadir ao redor do Arquipélago, permitiram o levantamento inédito da ictiofauna recifal de ambientes profundos do local. A investigação destes peixes tem sido desenvolvida pelo estudante de graduação Cezar De Araújo (UFF), sob a supervisão do Dr. Carlos E.L. Ferreira (UFF) e do Dr. Hudson T. Pinheiro (CEBIMar, USP).

A contagem e identificação de peixes foi possível através da análise de fotos em time-lapse obtidas por câmeras instaladas em dois submersíveis, em transectos de 100 a 700 metros. A identificação de 1.924 indivíduos (pertencendo a 32 espécies, 15 ordens e 23 famílias) revelou uma comunidade de peixes muito distinta das comunidades de recifes rasos do local. Os dados mostraram uma diminuição na abundância e riqueza de espécies com o aumento da profundidade. Planctívoros bentônicos de ambientes mesofóticos foram significativamente dominantes até 400 metros de profundidade (ex., Anthias asperilinguis), com uma clara mudança para macro carnívoros a maiores profundidades (ex., Physiculus sp.). Muitas espécies tiveram sua extensão de profundidade conhecida aumentada, como o peixe-borboleta endêmico Prognathodes obliquus, para 300 m de profundidade. Este trabalho contribuiu para o entendimento da estrutura de comunidade de peixes recifais de ambientes profundos do ASPSP, destacando muitos dos impactos detectados (ex., lixo) e a vulnerabilidade destas espécies de peixes únicas.

Abundância relativa das famílias e espécies de peixes dominantes ao longo dos gradientes de profundidade e temperatura em recifes profundos do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. N/m = número total de peixes escalado com tempo de fundo a cada 100 metros.

Peixe-leão em águas brasileiras?

2022, janeiro

O segundo espécime de peixe leão capturado aos 25 metros de profundidade em Fernando de Noronha em agosto deste ano. Créditos: Sea Paradise e Clara Buck.

A considerável expansão na distribuição do peixe-leão (Pterois spp.) pela costa leste dos EUA, Bermudas e toda a região do Caribe e Golfo do México em menos de 30 anos, deixou em alerta pesquisadores sobre a possível chegada em águas brasileiras. Apesar do grande potencial invasor do peixe-leão, a Barreira Amazônica [quebra biogeográfica resultante da descarga de água doce e sedimentar dos rios Amazonas e Orinoco] e das correntes marinhas contrárias impuseram resistência à chegada e estabelecimento da espécie nas águas brasileiras, pelo menos até agora (Luiz et al., 2003).

De setembro de 2020 a presente data (setembro de 2021), vários registros de peixe-leão já foram realizados em águas brasileiras, em recifes mesofóticos na foz do rio Amazonas, e no Arquipélago de Fernando de Noronha permitindo aos pesquisadores inferirem a provável rota de invasão no Atlântico Sul (ver em “publicações” Luiz et al. 2021). Mas não parou por ai, novos registros de peixe-leão estão acontecendo mais frequentemente, até agora 09 indivíduos foram capturados e outros mais avistados em menos de um mês em Fernando de Noronha. Da mesma maneira, na costa norte do país, pelo menos uma dezena já foi capturado por pescadores.

Como as ilhas oceânicas abrigam muitas espécies endêmicas, com distribuição de curto alcance, que são presas potenciais do peixe-leão, o monitoramento e o controle da captura já estão sendo implementados. As atividades de monitoramento do peixe-leão, bem como a capacitação da equipe do ICMBio estão sendo realizadas em parceria com o PELD Iloc.

Mais informações:

Encontro Recifal Brasileiro – EreBra 2020

2020, setembro

O I Encontro Recifal Brasileiro foi realizado entre os dias 06 e 08 de julho e ocorreu virtualmente, obedecendo as regras de distanciamento social em época de pandemia. O evento mesmo online, reuniu mais de mil expectadores simultâneos e mais de 1000 inscritos, que se distribuíam entre cientistas da área, estudantes de começo de carreira e curiosos dos ambientes recifais, além de pessoas detodas as localidades brasileiras e estrangeiros. Foi idealizado pelo pesquisador César Cordeiro e promovido por uma equipe formada por estudantes de graduação, doutorado e afins dos Laboratórios: LECAR-UFF e LECOM-UFRN. Durante os três dias foram realizadas nove mesas-redondas com diversas temáticas que iam desde o conhecimento primordial dos recifes de coral, integração de ciência-sociedade-política, até as últimas tecnologias que estão sendo usadas para a pesquisa nesse ambiente. As habituais apresentações de trabalhos científicos também aconteceram virtualmente, os autores enviaram vídeos sobre seus respectivos trabalhos que foram disponibilizados via YouTube para transmissão de todos os participantes do evento. Nessa categoria tivemos três trabalhos aceitos com dados do PELD ILOC, incluindo o trabalho do Ms. Vitor Picolotto que ficou classificado entre os 10 melhores trabalhos do evento. A integração dos pesquisadores e ouvintes foi de grande importância, houve muitos momentos de debates e reflexões sobre como os estudos nas áreas recifais continuarão ocorrendo durante e após a pandemia. Esse foi o primeiro evento no país direcionado exclusivamente ao público recifal e em 2021 esperamos que possa ocorrer presencialmente. Para quem se interessar, todas as mesas-redondas, bate-papos e os trabalhos do PELD estão no canal do Youtube do Evento (@encontrorecifalbr), disponíveis para visualização quando e onde quiser. O evento ocorreu junto ao Global Coral Reef Week que também foi realizado virtualmente com palestras de diversos pesquisadores do Caribe entre outros países, a programação do CRWG também está disponível no canal do encontro brasileiro. É isso, nos vemos em 2021 com muito mais EreBra!!!

YouTube Channel

Vídeo Ana Cristina Leonel

Vídeo Luísa Fagundes

Vídeo Vitor Picolloto

Nova reportagem na revista The Marine Biologist

2020, junho

Agora em Abril de 2020 saiu uma reportagem do doutorando Lucas T. Nunes e colaboradores sobre o trabalho realizado pelo projeto PELD Ilhas Oceânicas na revista internacional The Marine Biologist. Venha conferir! Clique aqui para baixar o arquivo.

Nova reportagem na revista National Geographic Brasil

2020, junho

A revista National Geographic Brasil publicou a reportagem ´Desequilíbrio dos oceanos é, ao mesmo tempo, causa e efeito da crise climática´ em 04 de março de 2020 e contou com a participação da pesquisadora Dra. Anaide W. Aued.

Link de acesso aqui.

I Workshop de Integração de Séries Temporais de Ecossistemas Marinhos do Brasil

2020, fevereiro

Link para reportagem do CNPq.

Entre os dias 10 e 12 de fevereiro, na cidade de Arraial do Cabo (RJ), o projeto PELD Ilhas Oceânicas, com apoio da FAPERJ, UFF e IEAPM, promoverá o I Workshop de Integração de Séries Temporais de Ecossistemas Marinhos do Brasil. O evento contará com a participação de pesquisadores de 17 grupos de pesquisa de sete Estados brasileiros mais o Distrito Federal, que já monitoram por longos períodos os ambientes marinhos brasileiros.

O principal foco do workshop será integrar os esforços de monitoramento já realizados em grande parte da costa do Brasil, para juntos entender as variações da biodiversidade marinha ao longo do tempo. Também pretende-se identificar os efeitos antrópicos e climáticos que afetam o meio ambiente costeiro e oceânico do país, para fornecer subsídios para estratégias de conservação.

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